quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

“Deixa Ela entrar”: Onde a sensibilidade, o sentimento e a violência se juntam de forma harmoniosa para a construção dessa obra completa.







Polêmico, mas também um filme genial. Gostaria de destacar que existe uma versão americana, mas que para todos os efeitos é inferior em termos de obra artística ao já clássico filme sueco de 2008, baseado no livro de mesmo nome do escritor sueco John Ajvide Lindqvist, que também assina o roteiro.
Em “Deixa Ela Entrar”  somos apresentados a um personagem que muitos se identificariam facilmente, o garoto de 12 anos, Oskar, vitima de bullying no colégio, excluído social pelos colegas de classe. É tímido e inseguro e como eu já disse um tanto sozinho.
Certo dia se mudam para a vizinhança um senhor com uma menina bastante esquisita, Eli, sempre aparentando tristeza e solidão, que costuma ficar à noite no playground de seu condomínio, deserto naquele horário, aonde Oskar também vai pra relaxar de seu sofrimento.
Nesses encontros casuais passam a conversar e criam fortes laços de amizade. O menino excluído e a menina solitária. Duas pessoas sofrendo encontram na companhia um do outro um pouco de paz e tranqüilidade. Não quero contar detalhes, mas essa menina esconde um segredo que está ligado aos assassinatos que ocorrem na cidade em que moram.
Como deu pra perceber o que devia ser uma obra infantil, pois se concentra na amizade de duas crianças tão tristes e martirizadas de forma delicada e poética, também é um filme de terror sinistro e assustador. Duas narrativas apresentadas de forma tão equilibrada e completa.
“ Deixa Ela Entrar” utiliza o motivo do filme ser classificado como “terror” (o qual pretendo ocultar para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de assistir)  como ferramenta metafórica para abordar de forma subliminar e poética temas como solidão, violência,a transição da infância para a adolescência e amizade, dentre outros assuntos.
Recomendo muito “Deixa Ela Entrar” para quem busca algo diferente,interessante e com uma profundidade superior a muitos filmes que estamos acostumados.
Uma experiência impactante, muito além do óbvio. Imperdivel.



3 comentários:

  1. Estou muito curiosa para assistir a versão sueca, pois vi somente a americana. Obrigada pela dica, Gabriel. ;)

    ResponderExcluir
  2. obrigado pelo seu comentario e por favor se gostou do blog recomende para os parentes e amigos.

    ResponderExcluir